domingo, 18 de outubro de 2009

Versos Sol tos

.."Era o desejo de não ser um corpo como os outros corpos, mas de ver na superfície de seu rosto a tripulação da alma surgir do ventre do navio...O livro destinguia Tereza das outras moças, mas fazia dela um ser fora de moda. É claro que ela ainda era muito jovem para poder captar o que havia de ultrapassado em sua pessoa.."



A Insustentável leveza do ser.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

(Des) encontros

Cotidianamente uma diversidade fascinante de pessoas cruza nosso caminho. Há um trânsito interpessoal que atuam sobre nossa sensibilidade, como diria Manuel Bandeira, criando certo “tumulto emocional” através do contágio da nossa relação ativa como os encontros.

Você conhece os amigos (que se acham) engraçadinhos da sua prima; o pessoal miguxes, amigan-tipassim-teadóóro (L), que freqüentemente pega o elevador contigo; o marombado com cérebro inversamente proporcional ao tamanho dos seus tão cobiçados narcisicamente músculos, no aniversário da galera da praia conhecidos de sua mãe; ou pessoas como você que lêem bastante, são metidas a escritoras, mas logo percebem que até uma bula de remédio têm o pensamento melhor articulado que seus textos.

E finalmente é surpreendida ao conhecer alguém, bem por acaso, possuidor de uma gentileza agradável, com quem troca apenas algumas palavras soltas e uma conversa despretensiosa, mas não sabe nem seu o nome, muito menos lembra da fisionomia do dito cujo. Anônimos. Assim, ele desaparece na mesma multidão que o trouxe. Abruptamente.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Lunática

Essa semana assistindo ao jornal vi várias reportagens sobre a Lua, falavam basicamente que a NASA está provocando uma serie de explosões em busca de água, coisa e tal. Bem, Lua além de lembrar a existência esquecida do meu blog, me faz recordar da minha doce e peralta infância. Eu era tão fanática pela Lua tal qual um típico torcedor flamenguista, ou de qualquer outro clube. Eu também vestia a camisa do meu time, que era minha caixa de papelão, ou melhor, minha aeronave, vivíamos pra cima e pra baixo. Anos se passavam e não parava de maquinar projetos mirabolantes de ida ao espaço, se até são Jorge tinha conseguido chegar lá, eu também poderia, ainda que não quisesse topar com nenhum dragão! Além do mais, as mulheres já tinham lutado pelo voto, queimado sutiã, a Lua seria apenas mais um obstáculo mirim feminino. Tantos Devaneios.
MAS toda essa conversa lunar é pra falar que às vezes sinto que não honrei parcela significativa dos sonhos da menininha da caixa de papelão, embora não tenha esquecido-os, assim como não abandonei o blog, que praticamente é uma ode tanto a Lua, quanto a inquietude. É isso!