quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Fuga da tripulação.

Ta aí algo que para mim vai ser sempre um grande mistério da humanidade, em que momento abandonar um barco que já não navega mais, ou ainda pior, que está prestes a afundar?
Entre a percepção e a consumação do pulo rola muita água. A priori, tentamos novas possibilidades para que a coisa engrene de uma vez, atitude que acredito eu seja extremamente válida, uma questão vital para honrar o nosso desejo, porque não entrar num acordo em meio ao que eu quero e ao que posso fazer , já fiz exaustivas reuniões comigo frente ao espelho, no ônibus(que alias é um lugar de reflexão profunda,continuando)para conseguir atingir um lugar comum.Beleza, mas voltando ao barco, já que foi percebido seu naufrágio, mesmo com esforços em retirar a água incansavelmente para retardar seu declínio, na falta de respostas positivas, porque não abandoná-lo de uma vez ?!Medo de cair na água gelada?! É verão e se ela for morna, anestesiará a dor? O orgulho sabe nadar? Provavelmente será o primeiro a se afogar.

Por enquanto tudo é muito vago, na falta de opção ou justamente por só existir essa opção, mergulhei na água antes de ontem, o mar está revolto, mas quem sabe não aparece uma jangadinha e me leva para águas mais calmas. Quem sabe.