terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Copiando impressões, expressões copiadas.

Agulhas.

Prólogo :Vontade incodicional de sair, duas garotas e uma (duas ou três) aventura por noitadinhas pseudocult galerinha bacaninha zona sul.


Generalizando, segue as impressões da Bia.


"É talvez seja só meu ego, eu me achando especial, tentando ir contra a maré, mais uma fazendo o mesmo que um monte de gente.Mas o que não entra na minha cabeça é, no que estas pessoas estão pensando quando olham com aquele ar de superioridade, com seus cabelos curtos, saias de cintura alta, pérolas, presilhas de cabelo e tatuagens de karpas e estrelas.Se consideram tão especiais e desfilam por aí com sua melhor expressão blasé olhando o resto do mundo, se achando diferentes...Por favor OPEN YOUR EYES!!! Toda vez que eu me canso de ir a lugares cheios que protótipos "Kens" e "Barbies" e vou a um lugar pseudo alternativo, encontro tipos genéricos de Lady Gagas e Katy Perrys (É assim que escreve?! Enfim não me importo.) CHEIAS DE ESTILO, CHEIAS DE SI E DO RESTO DO MUNDO...Enfim, é algo enfadonho ver tanta preocupação com ter um estilo diferente e acabar no mesmo lugar comum, onde tem mais mil pessoas que se acham diferentes, exatamente iguais a você.Aí vem alguém sensata, se sentindo tão peixe fora d'agua quanto eu e diz: "É...talvez seja melhor cortar o cabelo e aderir às presilhas..." risos e eu vou além...Talvez depois de cortar os cabelos e aderir às presilhas, seja melhor começar a roubar os colares da vovó, dançar um "rebolation", ir no pagode badalado da vez, vestir oncinha, descolorir o cabelo, botar silicone, participar de um hecatombe...tudo ao mesmo tempo agora!NOOOOOOOOOOOOOOPrefiro ficar fora d'agua, prefiro ser vento, sem rumo ou direção, livre! Sempre mudando, ora brisa, ora furacão...Foda-se a última moda, foda-se ser diferente. Sem preocupações com o que aparenta ser, apenas viva e deixe que seus atos mostrem o resto naturalmente. "

http//despertaalice.blogspot.com

Criar-atividade.

Perder a chave, um pulinho no Zé e beleza ; o celular, doí no bolso, mas suportável; a paciência, extremamente necessário (ja foi comprovado que raiva acumulada causa câncer, continuando.), o aniversário da amiga, um pé na cova, guerra declarada MAS nada que as tropas amistosas não resolvam.

No entanto, perde a criatividade já é demais, golpe sujíssimo.Se bem que sujeira não é mas um adjetivo pejorativo, está virando até enredo de escola de samba, poesia..hum.

Inspiração ? Expirando ações.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Unha roxa

-Com licença, tudo bem?
-Oi. Você...
-Eu sou a Tati, prazer. Moro naquele prédio ali do outro lado da rua. Tá vendo?
-Tô...
-Então. Eu tava em casa, na dúvida entre a água sanitária e o veneno de rato, e olhei pras minhas unhas e pensei que não posso ser velada com essas unhas descascadas, e desci pra fazer as unhas. Depois vou me matar.
-Sei. Vai pintar de que cor?
-Não sei. Que cor você acha? Roxo combina com quem vai morrer, não?
-Não sei. Qual dura mais? Afinal, estamos falando de eternidade, não?
-Menino, sabe que eu sempre quis falar de eternidade com um homem? Que bonito!
-Você é bem louca, né?
-É. -Bom, vou indo.
-Tá, mas antes, faz um favor pra mim?
-Mas eu nem te conheço...
-Eu vou me jogar no chão, você me segura?
-Oi?
-É que eu não posso morrer sem realizar o meu sonho. Me ajuda?
-O seu sonho é se jogar no meio da rua?
-O meu sonho é que um homem me segure.
-Só isso?
-Acha pouco?
-Tá, vai, se joga.
-Então... lá vai!
-Espera!
-O quê?
-Se é pra se jogar, se joga de frente! Coragem, mulher!
-Tá! Então... lá vai... ...
- Pronto! Já posso ir embora?
-Não! Deixa eu me jogar de novo?
E de novo? E de novo? E de novo? E de novo?
-Mas eu preciso mesmo ir.
-Tá.
-Ah, não faz bico. Olha, eu sou um estranho. Por que você não pede isso pra alguém que se importe com você?
-Porque é só eu pedir que eles viram estranhos, achei que se eu pedisse a um estranho, talvez ele se importasse.
-Sinto muito, querida. Tô indo nessa.
-Beleza. Vou pintar minhas unhas e depois me matar.
-Eu te ajudei um pouco, pelo menos?
-Pouco não serve pra nada, desculpa.
-Lembre-se disso quando tomar a água sanitária.
-Não sei...acho que eu vou de veneno de rato mesmo.
-Belê, tchau aí.
-Tchau. Trouxa.
-Por que, trouxa? Enquanto você esteve aqui, eu não deixei você cair!
-Eu sei, mas foi só pra pegar nos meus peitos.


Tati Bernardi

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

No divã.

Enquanto mecho repetidas vezes o café amargo, em meio a “bom dias” e “vai fazer o que hoje“ percebo o quanto difícil é se afastar do ciclo tediante do hábito, rotina.

Não planejo nada, as coisas vão acontecendo, sem maiores controles, se tenho compromisso as 14 horas chego as 15 e 30, o que claro sempre rende muito falatório, estudar para alguma prova então, dificílimo, embora tenha desenvolvido o mecanismo de passar pelo livro de supetão e agarrá-lo repentinamente para não dar margem a fuga. Planejamento nunca teve lugar cativo no meu coração.

Odeio simetria, passos acertados e o sossego de uma vida regrada.

Mas me perco entre o caos e a negação de uma vida comum.

A boemia já não faz mas sentido, acordar tarde da sono e preguiça, negar o dia é viver no escuro.

Como, como, como fugir da burocracia e da lógica linear da vida?!

Versos Sol tos

Acho que estou pedindo uma coisa normal
Felicidade é um bem natural
Uma, qualquer uma
Que pelo menos dure enquanto é carnaval
Apenas uma
Qualquer uma
Não faça bem
Mas que também não faça mal

Cicatrizes.



Não sei porque algo que não me envolve, machuca tantotanto.