Ta aí algo que para mim vai ser sempre um grande mistério da humanidade, em que momento abandonar um barco que já não navega mais, ou ainda pior, que está prestes a afundar?
Entre a percepção e a consumação do pulo rola muita água. A priori, tentamos novas possibilidades para que a coisa engrene de uma vez, atitude que acredito eu seja extremamente válida, uma questão vital para honrar o nosso desejo, porque não entrar num acordo em meio ao que eu quero e ao que posso fazer , já fiz exaustivas reuniões comigo frente ao espelho, no ônibus(que alias é um lugar de reflexão profunda,continuando)para conseguir atingir um lugar comum.Beleza, mas voltando ao barco, já que foi percebido seu naufrágio, mesmo com esforços em retirar a água incansavelmente para retardar seu declínio, na falta de respostas positivas, porque não abandoná-lo de uma vez ?!Medo de cair na água gelada?! É verão e se ela for morna, anestesiará a dor? O orgulho sabe nadar? Provavelmente será o primeiro a se afogar.
Por enquanto tudo é muito vago, na falta de opção ou justamente por só existir essa opção, mergulhei na água antes de ontem, o mar está revolto, mas quem sabe não aparece uma jangadinha e me leva para águas mais calmas. Quem sabe.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
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