quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

No divã.

Enquanto mecho repetidas vezes o café amargo, em meio a “bom dias” e “vai fazer o que hoje“ percebo o quanto difícil é se afastar do ciclo tediante do hábito, rotina.

Não planejo nada, as coisas vão acontecendo, sem maiores controles, se tenho compromisso as 14 horas chego as 15 e 30, o que claro sempre rende muito falatório, estudar para alguma prova então, dificílimo, embora tenha desenvolvido o mecanismo de passar pelo livro de supetão e agarrá-lo repentinamente para não dar margem a fuga. Planejamento nunca teve lugar cativo no meu coração.

Odeio simetria, passos acertados e o sossego de uma vida regrada.

Mas me perco entre o caos e a negação de uma vida comum.

A boemia já não faz mas sentido, acordar tarde da sono e preguiça, negar o dia é viver no escuro.

Como, como, como fugir da burocracia e da lógica linear da vida?!

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